Os seguintes números são baseados na Nova Tradução na Linguagem de Hoje:
Antigo Testamento
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Novo Testamento
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Total
|
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Livros
|
39
|
27
|
66
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Capítulos
|
929
|
260
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1.189
|
Versículos
|
23.146
|
7.957
|
31.103
|
Comparando com outras traduções, esses números podem ser um pouco diferentes. A Almeida Revista e Atualizada, por exemplo, tem 31.104 versículos (o final de 1Samuel 20.42 se torna o versículo 43) e a Almeida Revista e Corrigida tem 31.105 versículos (além de 1Samuel 20, o final de Juízes 5.31 se torna o versículo 32). A versão King James, por sua vez, tem 31.102 versículos, pois ajunta os versículos 14 e 15 de 3João. Os textos originais em hebraico e grego, por sua vez, trazem um total de 31.171 versículos (21.213 no Antigo Testamento e 7.958 no Novo Testamento). A maior diferença está no Livro de Salmos: vários deles trazem títulos que aparecem como o versículo 1 no texto hebraico e que, nas traduções, não são numerados.
O maior capítulo da Bíblia é o Salmo 119, com 176 versículos.
O menor capítulo da Bíblia é o Salmo 117, com 2 versículos apenas.
Isso varia conforme a versão. Na Almeida Revista e Corrigida, é Lc
20.30: "e o segundo". Na Revista e Atualizada, porém, Jó 3.2 tem
apenas 7 letras: “Disse Jó:”.
O maior é Ester 8.9.
A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e
1242), pelo teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra,
e professor da Universidade de Paris, na França.
A divisão do Antigo Testamento em versículos foi estabelecida por
estudiosos judeus das Escrituras Sagradas, chamados de massoretas. Com hábitos
monásticos e ascéticos, os massoretas dedicavam suas vidas à recitação e cópia
das Escrituras, bem como à formulação da gramática hebraica e técnicas
didáticas de ensino do texto bíblico. Foram eles que, entre os séculos IX e X,
primeiro dividiram o texto hebraico (do Antigo Testamento) em versículos.
Influenciado pelo trabalho dos massoretas no Antigo Testamento, um impressor
francês chamado Robert d´Etiénne, dividiu o Novo Testamento em versículos no
ano de 1551. D´Etiénne morava então em Gênova, na Itália.
Até boa parte do século XVI, as Bíblias eram publicadas somente com os
capítulos. Foi assim, por exemplo, com a Bíblia que Lutero traduziu para o
Alemão, por volta de 1530. A primeira Bíblia a ser publicada incluindo
integralmente a divisão de capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra,
lançada em 1560, na Suíça. Os primeiros editores da Bíblia de Genebra optaram
pelos capítulos e versículos vendo nisto grande utilidade para a memorização, localização
e comparação de passagens bíblicas. Em Português, a primeira edição do Novo
Testamento de João Ferreira de Almeida (1681) foi publicada com a divisão de
capítulos e versículos.
“Bíblia” é uma palavra que não aparece na Bíblia. Ela vem do termo grego
biblos, por causa da cidade fenícia de Biblos, um importante centro produtor de
rolos de papiro usados para fazer livros. Com o tempo, a palavra biblos passou
a significar “livro”. Biblia é a forma plural (“livros”). A Bíblia, na verdade,
é uma coleção de livros. Ela também é conhecida simplesmente como “o Livro”, “o
Livro dos Livros”, “o Livro Sagrado”.
A Bíblia não menciona qual era a fruta da árvore do conhecimento do bem
e do mal, que não devia ser comida por Adão e Eva. Uma tradição européia
associa essa fruta com a maçã. Em latim, a palavra malum significa tanto “maçã”
como “mal”, o que pode ter originado essa tradição.
A palavra “Deus” aparece em todos os livros da Bíblia, exceto em Ester e
Cântico dos Cânticos. Esse fato levou muitos judeus e cristãos a argumentarem
que Ester e Cântico dos Cânticos não faziam parte da Bíblia. Outros
argumentaram que Deus está presente também nesses livros. Eles viram o Cântico
dos Cânticos como um símbolo poético do amor de Deus pelo seu povo. E, em Ester,
eles viram Deus agindo nos bastidores, criando uma série de impressionantes
“coincidências” que livraram os judeus de um holocausto na Pérsia.
O documento mais antigo que traz um trecho da Bíblia é um fragmento dos
Rolos do mar Morto, encontrado próximo da costa do mar Morto em Israel. Escrita
em torno de 225 a.C., a passagem é de um dos livros de Samuel que faz parte do
Antigo Testamento. O texto mais antigo do Novo Testamento existente é um pedaço
do Evangelho de João. Escrito em torno de 125 d.C., talvez apenas 30 anos
depois da composição do Evangelho, o fragmento contém partes de João 18.31-33,
incluindo a pergunta de Pilatos a Jesus: “Você é o rei dos judeus?”.
Jesus nasceu em Belém da Judéia uns dois anos antes da morte de Herodes,
o Grande, o que aconteceu em 4 a.C. Quando o calendário romano foi reformado,
séculos mais tarde, houve um erro de uns seis anos no cálculo do começo da era
cristã. É por isso que, em vez do ano 1 da era cristã, a data correta do
nascimento de Jesus é 6 a.C.
A Bíblia foi traduzida e publicada mais do que qualquer outro livro na
história. O livro da Bíblia mais traduzido é o Evangelho de Marcos, talvez por
ser o mais curto dos quatro Evangelhos e por trazer um relato cheio de ação a
respeito da vida e dos ensinamentos de Jesus. Marcos está disponível em cerca
de 900 línguas.
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