BENDITO AQUELE QUE VEM EM NOME DO
SENHOR
São Lucas 19. 28 – 40 e Filipenses 2. 5
– 11
Em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo. Amém!
“Tende
em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo
em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si
mesmo se esvaziou, assumindo a forma de homens; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de
cruz!” (Filipenses 2. 5 – 8).
Amados irmãos em Cristo Jesus; hoje,
quando estamos lembrando o Domingo de Ramos, a Entrada de Jesus Cristo na
Cidade de Jerusalém, também estamos celebrando o início da Semana Santa: A
Semana mais importante de toda a história, pois nela, o Messias enviado de Deus
cumpriu a sua Obra. Abdicou de toda a glória que lhe cabia; e, humildemente,
como um servo, entregou a sua própria vida por amor de toda a humanidade!
Jesus Cristo, em um gesto de bondade
e misericórdia carregou sobre os próprios ombros o peso do pecado de todos nós
e como uma ovelha muda que é levada ao matadouro, ele se deixou levar, não
abriu a boca, não reclamou e não pediu nada em troca. Simplesmente preferiu se
esvaziar de todo o seu poder e toda a sua majestade para assim, feito homem,
como cada um de nós, dar a sua própria vida, derramar o seu santo e inocente
sangue para nos resgatar. Isso mesmo, Jesus Cristo, o Filho de Deus, Autor da
Vida, Senhor dos Céus e da Terra decide se humilhar e por um momento
esquecer-se de tudo isso que é seu, que é próprio do seu ser, e olhar para nós,
homens perdidos e condenados, homens destinados ao fogo eterno do inferno,
homens que traíram o próprio Deus, homens que negaram o próprio Deus, homens
que criaram deuses para si e se esqueceram do Deus Verdadeiro, homens que por
causa de sua soberba, ganância e sede de poder, preferiram dar ouvidos a
Satanás e trazer o pecado para um mundo que era perfeito e sem mácula, que por
si só, já é um grande presente de Deus!
Queridos irmãos, é para este povo,
povo que somos nós mesmos, toda a humanidade, que Deus em Cristo absolve e
perdoa, e ainda salva e garante a Vida Eterna em sua companhia.
Percebam o amor tão grandioso e
incondicional deste Deus tão maravilhoso por seus filhos! Vejam, por exemplo, no
episódio que hoje estamos recordando. Quando Jesus Cristo entra na cidade de
Jerusalém e é recebido com festa, com alegria, onde o povo o exalta e clama de
todo o coração: “Bendito aquele que vem
em nome do Senhor! Paz nos céus e glórias nas maiores alturas!”. Agora,
vejam também o que acontece em apenas cinco dias depois: o povo que em sua
entrada agradecia aos céus e louvava a Deus com todo o fervor, agora diz: “Crucifica-o! Crucifica-o!” (Lucas
23.21). E o mais incompreensivo para a nossa razão humana, o mais incrível de
toda esta história é que Jesus dá a sua própria vida também por este povo,
Jesus se entrega e se deixa ser castigado e humilhado para que todos nós e
também esta gente tenha a esperança de que nele há salvação, de que somente
Ele: Aquele Homem-Deus que sofre e chora, que é castigado e carrega uma pesada
cruz, que pede para que o Pai, mesmo diante de tudo isso ainda perdoe aqueles
que o maltratam. Aquele Homem-Deus que morre pregado em uma rude cruz é o único
Caminho, a única Verdade e a única Vida!
Por isso, quando recordamos uma data
tão importante como esta, o Domingo de Ramos, o início da Semana Santa,
precisamos nos dar conta: “Que grandiosa prova de amor Jesus Cristo, o Messias
enviado de Deus, nos deu!”. E digo mais, não somente nesta semana, onde
celebramos este momento. Mas em toda a nossa vida, em todo o nosso dia a dia,
com todas as forças.
Jesus, que já mostra a sua humildade
desde cedo, nascendo em uma estrebaria, sendo deitado em uma simples
manjedoura, crescendo como um carpinteiro em uma cidadezinha do interior, e,
agora, entrando na Santa Cidade de Jerusalém, montado em um jumentinho. E muito
mais do que tudo isso, muito mais importante do que estes sinais de humildade
que facilmente reconhecemos. Jesus, o Rei dos Reis, o Filho do Altíssimo Pai,
se torna um servo, deixa de lado a sua glória e ao invés de ser servido,
escolhe servir, prefere se doar, prefere se colocar na nossa frente e deixar
que a sua própria vida seja o nosso escudo, nosso refúgio, nosso socorro e
principalmente, nossa Salvação!
O profeta Isaias nos lembra: “Ele tomou sobre si as nossas enfermidade e
as nossas dores levou sobre si... Ele foi traspassado pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados... Ele foi oprimido e
humilhado, mas não abriu a boca...” (Is 53) e por causa de nossa
transgressão, nosso pecado, ele foi ferido e morto, morte de cruz!
Meus amados irmãos, foi por causa de
todo este sofrimento, de toda esta dor, de toda esta angústia é que podemos
estar hoje aqui celebrando este Domingos de Ramos na Casa de Deus e assim
marcando o início de mais uma Semana Santa, com a Graça e a Misericórdia deste
nosso Deus em Cristo, que abriu mão de sua glória para nos dar a vistoria sobre
o mal e nos resgatar da escravidão do pecado!
Foi por causa desta Obra Redentora
de Jesus Cristo na cruz do calvário por toda a humanidade que, conforme
Filipenses 2. 9 – 11, “Deus o exaltou
sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome, para que ao nome
de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e
assim, toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de
Deus Pai!”.
“A
Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Amor de Deus Pai e a Comunhão do Espírito
Santo sejam com todos, hoje e sempre. Amém!”
Helvécio José Batista Júnior
Domingo de Ramos, 2013 AD
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